Recebemos hoje (23.09), a confirmação de quando será a apresentação do pôster de nosso trabalho. Será no dia 13.10, na SALA PÁTIO, às 16h30 na Universidade Federal de São João del Rey. O tema do trabalho é: EDUCAÇAO SOCIOCOMUNITÁRIA E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: diálogo sobre hegemonia, formação histórica de línguas e silenciamento.
Neste trabalho, uma prévia de minha Dissertação de Mestrado, procuro analisar a dicotomia entre a língua falada versus a língua escrita, dentro do universo de ensino/aprendizado que ocorre nas escolas públicas paulistas. Primeiramente, faço comentários sobre o que é a Educação Comunitária, adotada em meu viés de trabalho - trabalho esse permeado pela óptica marxista não ortodoxa, fenomenológica, e tendo como referenciais teóricos principais Walter Benjamin, Vygotsky e Bakhtin. Em um segundo momento, procuro analisar, confrontando teóricos linguísticos, tais como Marcos Bagno, Kato, Marcuschi e outros, com o pensamento hegemônico e de viés tradicional no ensino da gramática, dita gramática normativa (NP), contrastando bem em que pé eles se encontram atualmente. Tudo isso tendo como pano de fundo as novas concepções dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), que preconizam uma Gramática Textual e não mais uma Gramática Normativa, Prescritiva e fomentadora do preconceito linguístico contra os alunos das camadas populares.
Finalmente, last but not least, proponho, com a ajuda de meu Orientador, Professor Doutor Severino Antônio, introduzir novos conceitos oxigenantes no ensino da gramática textual, ou seja, uma Pedagogia Poiética. Como Severino (2013) muito bem coloca, o poetizar o cotidiano faz toda a diferença na existência. O narrar está sendo esquecido no nosso universo acadêmico, escolar, familiar e social. Eis a razão pela qual a linguagem está sendo comprada, corrompida e não poetizada, visto que vivemos em uma sociedade mercantilizada. O poiesis deixou de existir para dar lugar à linguagem de marketing e enganadora.
Tirante esses pontos, trabalho em um capítulo sobre a hegemonia linguística, tão presente em nosso mundo, e que foi estudada por Antônio Gramsci. Essa hegemonia traduziu-se em perseguições perpetradas pelo tiranete e ditador Getúlio Vargas contra minorias linguísticas alemãs, italianas e japonesas na II Guerra Mundial no Brasil. Procuro dar uma visão histórica da razão que levou a essa violência linguística, tirando a voz e vez de pessoas que, por falarem diferente, eram perseguidas e até encarceradas por esse famigerado regime de exceção.
Bem, é isso aí! Vamos lá!
Apresentações
A organização do evento informa que não será possível atender a solicitações de agendamento para apresentações de comunicações e pôsteres.
link:http://www.anpedsudeste2014.com.br/apresentacoes
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